quarta-feira, 13 de junho de 2012

Por que Minguante?

Após uma votação, o grupo decidiu o nome da companhia como Minguante Companhia de Teatro. Não existe um motivo concreto pela escolha do nome, nem uma experiência, mas nos baseamos numa crença popular que diz ‎"Nessa fase se pede à lua: sabedoria para tecer nosso destino e virtude para compreender a solidão. Nessa lua, também se pede o dom da magia."

sexta-feira, 8 de junho de 2012

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O enredo da obra

A obra retrata de forma inusitada a vida de Alaíde, que após sua morte encontra-se com madame Clessi, alguém que sempre admirou, e juntas tentam retomar as lembranças de como chegaram à morte. Ao começarem o processo de resgate da memória, as coisas vão se desenrolando, muito misturadas, mas chegam a um ponto crucial: o que realmente aconteceu com Alaíde e Madame Clessi. Ambas morreram por morte trágica, Alaíde por atropelamento, e Clessi assassinada pelo namorado de dezessete anos. Juntas, ambas viajam em suas lembranças, marcadas por alucinações e verdades dolorosas. Clessi, assassinada talvez por não ter aceitado morrer junto com seu parceiro, como ele desejava, ou por não ter aceitado ir ao piquenique que seu namorado propusera, ou mesmo por ciúme, pois Clessi fora prostituta. Alaíde roubou o namorado da irmã, Lúcia, que a qualquer prometeu vingança a qualquer custo, até mesmo com morte, dizendo que já que Alaíde roubara seu namorado, ela roubaria seu marido. Antes que o plano se concretizasse, Alaíde foi atropelada e morreu no hospital. Apesar de, a princípio, sentir certo remorso, após uma viagem ao campo para descansar a mente, Lúcia volta e se casa com Pedro, marido de Alaíde. Ao fim da obra, Lúcia é caracterizada pela mão como corada e robusta, gordinha. Um personagem do livro diz que foi o descanso da viagem que melhorou sua imagem, mas pode-se subentender ai uma possível gravidez, contudo isso não passa de especulação, pois o autor não deixa nenhuma outra pista de que seja realmente isso.



Companhia Os Satyros encenam "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues

Referências bibliográficas:
http://www.oartigo.com/index.php?/literatura/analise-de-vestido-de-noiva-de-nelson-rodrigues.html

A peça decidida

Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues, a peça escolhida pelo grupo, foi, pela primeira, vez aos palcos em 1943, sob a direção de Ziembinski, marcando a renovação do teatro brasileiro ao se voltar para a realidade de cunho psicológico. A peça causou polêmica na época e ainda hoje é considerada forte em sua linguagem e no tratamento do tema, transplantando para o palco a profunda angústia do autor, que contamina os atores e os espectadores.

Despojada da leveza da cena e compondo diálogos fortes e desnudados, a peça apresenta ainda outra inovação, a subdivisão do palco que aparece iluminado de três maneiras, representando três planos: o plano da realidade, o plano da alucinação e o plano da memória. Através da intersecção desses três planos tem-se o conteúdo da peça.

A obra de Nelson Rodrigues é construída a partir de características das tragédias shakespearianas. Contudo, Rodrigues expressa suas peculiaridades literárias, produzindo suas histórias em ordem caleidoscópica, não linear. Para que haja um bom desempenho de leitura da obra em questão, é necessário atenção e cuidado, para que não se percam detalhes minuciosos que gerarão a compreensão do leitor e sua visão crítica da obra.

Referencias bibliográficas: