terça-feira, 23 de outubro de 2012

Figurino já usado para o texto

Uma versão inédita da peça "Vestido de Noiva" para homenagear os 100 anos do mais importante dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues, morto em 1980 estreou no Rio de Janeiro

Encenada pela primeira vez em 1943, a peça foi um marco no teatro nacional, causando polêmica com a implantação de um novo tipo de linguagem. A história narra o amor de duas irmãs pelo mesmo homem e conta com três planos psicológicos, o da alucinação, memória e realidade.

A nova versão, apresentada no CCBB até o dia 6 de maio, tem a global Viviane Pasmanter no elenco, com cenografia supervisionada por Daniela Thomas, a mesma que transforma os ambientes do prédio da Bienal para o São Paulo Fashion Week a cada temporada de moda, e o figurino de Beth Filipecki, responsável pelos looks da novela "Fina Estampa".




No figurino de "Vestido de Noiva", as mulheres usam vestidos em cores claras, com muita renda e transparências, que revelam de maneira teatral a lingerie e os corserts das personagens. Já os homens usam looks confortáveis, de malha, com muitos drapeados e pregas molengas.


A cara despojada e desarrumada do figurino ganha força com as maquiagens borradas e cabelos bagunçados, tudo para transmitir ao público uma estética que misture os planos da alucinação, memória e confusão.


A atriz Viviane Pasmanter interpreta o papel de madame Clessi, com um figurino de cor clara e suave, com corset marcando sua silhueta feminina e uma saia assimétrica repleta de recortes que mistura rendas e transparências.


O figurino masculino é confortável e conta com sobreposição de peças de malha com drapeados e pregas molengas, tudo muito solto sobre o corpo e com uma cartela de cor neutra, que passa pelas tonalidades de cinza.


Alaíde, Lucia e Madame Clessi usam vestidos repletos de transparências e rendas, que de maneira desarrumada transmitem o clima perturbador da trama de "Vestido de Noiva".





Isabela Muniz

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